EPV-0446 - terça-feira, 11 de dezembro de 2007 – Harmonia
Familiar – A fé é o maior dos tesouros – Encontro com o Mestre.
“Sol, alternando com pancadas de chuva
e possíveis trovoadas”. Calor durante o dia e mudança prevista para amanhã.
Ontem tivemos a reunião semanal do
Conselho da CCSP na sede central.
Há exatamente 4 anos, no discurso proferido na conferência para
representantes da SGI e líderes da Coordenadoria-2 de Tóquio, realizada no
Auditório Memorial Makiguti em Hatioji, Tóquio, no dia 11 de dezembro de 2003,
eram estabelecidas as “Cinco diretrizes para a prática da fé”.
Conforme publicação no Brasil Seikyo nº. 1743 de 10 de abril
de 2004, naquela ocasião o
presidente Ikeda reconfirmou as Três Diretrizes e as reformulou, com a inclusão de mais duas.
Vamos recordar a reunião de dirigentes
de regional realizada no mês de dezembro de 1957 — o mês em que o objetivo
almejado por toda a vida do segundo presidente da Soka Gakkai Jossei Toda de
concretizar 750 mil famílias foi alcançado. Naquela histórica reunião, o Sr. Toda anunciou três diretrizes para a
prática da fé:
1. Prática da fé para
criar a harmonia familiar.
2. Prática da fé para
conquistar a felicidade.
3. Prática da fé para
vencer as dificuldades.
O Presidente Ikeda
acrescentou:
4. Prática da fé para
manter a boa saúde e obter longevidade.
5. Prática da fé para
vencer infalivelmente.
Desde aquela época, viemos propagando o Kossen-rufu tendo esses
pontos gravados no coração como as três diretrizes eternas da Soka Gakkai. O objetivo dessas diretrizes
é proporcionar uma direção clara, ou foco, para que nossos membros — em sua
própria condição e forma de viver, em seu lar, no local de trabalho ou na
comunidade — não sejam derrotados pelas dificuldades nem pegos pela armadilha
da negatividade e da reclamação, mas que ao contrário, vivam com esperança e
triunfemos sobre tudo.
Nossas ações
individuais levam a felicidade a toda família
A primeira diretriz é “Prática da fé para a harmonia familiar”.
Nitiren
Daishonin escreveu: “As pessoas que agora crêem no Sutra de Lótus reunirão a boa
sorte de dez mil milhas de distância.” (The
Writings of Nichiren Daishonin [WND], pág. 1.137.) Ele
também cita as palavras do Grande Mestre Dengyo: “Se uma família louva
o ensino correto, com certeza evitará os sete desastres.” (Gosho Zenshu [GZ], pág. 1.374.)
Como é maravilhoso ter o som da Lei Mística reverberando em casa. A forte fé é como um
poderoso ímã, atraindo a boa sorte “de dez mil milhas de distância”. Ela age
como uma defesa impenetrável que afasta toda a falta de sorte. Com essa
convicção, por favor, torne seu lar o castelo da paz e felicidade.
Há muitos casos em que os demais
familiares não praticam o Budismo de Nitiren Daishonin. Não há nenhuma
necessidade de se preocuparem nem de ficarem ansiosos por causa disso. Pois, se nos levantarmos com seriedade e convicção na prática da
fé, poderemos conduzir todos os nossos familiares e parentes na direção da
felicidade e esperança. Nós somos como um solitário farol na escuridão da
noite, possibilitando que muitos navios naveguem em segurança pelos mares.
Nitiren Daishonin escreveu:
“O
Venerável Maudgalyayana depositou sua fé no Sutra de Lótus, que é o maior bem
que há, e assim não somente ele atingiu o estado de Buda como também seu pai e
sua mãe. E, por mais extraordinário que pareça, todos os pais e mães das sete
gerações precedentes e das sete gerações posteriores e, de fato, de incontáveis
existências anteriores e posteriores, puderam tornar-se budas. Além disso,
todos os seus filhos, esposas ou maridos, servidores, apoiadores e incontáveis
outras pessoas não somente puderam fugir dos três maus caminhos como também
atingiram o primeiro estágio da segurança e, então, o estado de Buda, o estágio
da perfeita iluminação.” (WND,
pág. 820.)
À luz dessa passagem, não há absolutamente nenhuma necessidade de os familiares
discordarem em relação à fé. Espero que tenham uma sabedoria
tolerante, que orem e se empenhem para criar, com paciência e firmeza, uma família
harmoniosa em que sejam abundantes a boa disposição e os risos alegres.
O grande escritor francês Victor Hugo
disse: “O riso é como o brilho do sol:
ele caça o inverno do rosto das pessoas.”
Alguns de vocês perderam entes queridos. No entanto, de acordo com
a perspectiva budista, isso tem um significado muitíssimo profundo e vocês não devem se permitir
serem derrotados pela dor.
A morte levou primeiro o adorado marido
da Sra. Deng Yingchao, o premiê
chinês Chu Enlai. Mais
do que ninguém, ela sentiu muita dor e tristeza, mas ao ver multidões de
pessoas chorando, declarou:
“Sejamos fortes. Não vamos chorar.
Chorar não trará ninguém de volta à vida. Eu mesmo chorei somente em três
ocasiões [após o falecimento de meu marido]. O que devemos fazer é enxugar as
lágrimas e dar continuidade ao trabalho de Enlai. (...)”
Há muito tempo que tenho observado a vida de inumeráveis pessoas e posso dizer com toda
certeza que todos aqueles que se levantaram na fé num momento crucial
tornaram-se felizes.
Nenhuma oração ao Gohonzon fica sem ser respondida. A Lei
Mística é um nobre ensino que nos capacita a transformar o veneno em remédio. Por meio da
fé, podemos transformar todos os sofrimentos em algo positivo e benéfico e
desenvolver um estado de vida mais elevado.
Ao elogiar Nanjo Tokimitsu, que herdou
o indomável espírito de fé de seu pai, Daishonin escreveu: “Se mantiver a fé no Sutra de Lótus tal como seu pai, renascerá no
mesmo local que ele.” (Gosho Zenshu [GZ], pág. 1.509.)
Transmitir a correta fé aos seus filhos é o modo mais certo
tanto para os pais como para os filhos, e também para toda a família, de
percorrerem o caminho da eterna felicidade.
Nesse sentido, espero que vocês também trabalhem ainda mais
arduamente, tanto em casa como em sua localidade, para criar nossos membros da
Divisão do Futuro.
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Citei ontem sobre a viagem da minha filha para o Japão. Aproveitando
as férias escolares, ela está realizando um desejo antigo, de viajar para a
terra do mestre. Além disso, poderá se encontrar com seu irmão e a sobrinha,
minha netinha. Ela irá trabalhar temporariamente em uma empresa pré-definida e
nos fins de semana se dedicará em pesquisas nas construções japonesas para o
currículo do seu curso de arquitetura e urbanismo.
O temor de viajar sozinha e da
distância que a separará do aconchego do lar, da família e das pessoas que ama
era visível em sua face. O choro e as lágrimas da despedida eram como de alguém
que dissesse. “Por que vou deixar todo o conforto e o calor humano da família e dos
amigos?” De fato, pelos esforços, principalmente da mãe, ela poderia
concluir os estudos e se preparar para o futuro tranqüilamente. Porém, compreendendo que enfrentar os desafios com
o espírito de superar suas limitações é o fator de desenvolvimento e
aprendizado, ela seguiu sua determinação. Temos certeza que voltará com
espírito renovado e com mais coragem que infalivelmente adquirirá nessa
experiência. Nem tudo pode ser ensinado pelos pais, especialmente experiências
vividas na prática. Como terá horários disponíveis à noite, ela deseja
também participar das atividades da organização da localidade em que estará
instalada. “Harmonia familiar” não significa necessariamente que os membros da família vivam unidos
fisicamente. O essencial é que todos cultivem a determinação de se
tornarem valores humanos indispensáveis para o Kossen-rufu.
Pessoas que estiveram conosco na
despedida perguntaram-me se é difícil encontrar-se com o presidente Ikeda
estando no Japão. Disse-lhes que é quase impossível! Mesmo entre os membros
japoneses, a grande maioria nunca se encontrou com o ele. Fiz uma rápida conta
para ilustrar essa dificuldade: considerando que o presidente Ikeda participa
somente nas reuniões mensais de dirigentes e que estes são sempre pela primeira
vez; considerando que são doze reuniões por ano e que o número máximo em cada
reunião é de 1.000 participantes, apenas
12.000 têm a oportunidade de encontrar-se com o mestre em cada ano. Em
números redondos, são 12.000.000 de membros no Japão. Então seriam necessários
1.000 anos para que todos os membros pudessem encontrar com o presidente Ikeda,
se congelássemos todos esses números.
Essas reuniões são aquelas apresentadas
mensalmente nas sedes regionais com o
tema “Encontro
com Mestre em Vídeo”. É uma forma que a BSGI e a SGI encontraram
para que o máximo de membros no Brasil tivesse a oportunidade de se encontrar
com o presidente Ikeda e ouvir suas orientações, mesmo que dessa maneira. Assim também é no Japão, onde a maioria da
sedes regionais e centros culturais apresentam o hombukambukai (reunião de dirigentes de regional), como é chamado, nos telões instalados e
por transmissão via satélite. Lá, convites são distribuídos para representantes
em cada localidade, pois a procura e o comparecimento são maciços.
Portanto, sempre que tiverem a oportunidade de participar desse
“encontro com o Mestre”, não percam! A emoção do encontro transforma-se em renovação de decisões
e novos objetivos para a vida. Viver no ritmo do
pulsar do coração do mestre é cristalizar o eterno caminho da relação da
unicidade de mestre e discípulo, a essência primordial da prática do budismo.
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