domingo, 24 de agosto de 2014

Anne Almeida De Souza um dirigente de uma cidade aqui perto conheceu uma budista da nossa cidade e se apaixonou - a moça tinha uns 4 anos de prática e ele uns 15 anos.
A familia dela é muito católica e faziam questão do casamento na igreja, acho que ela tb queria entrar de noiva num templo religioso - aqui a gente não tem um kaikan e nem centro cultural ainda.
Ela casou na igreja e depois casou no budismo no salão do SESC - a familia super católica em retribuição foi na cerimônia budista e gostaram muito.
Acho que foi o primeiro contato de muitos deles com o budismo - foi tudo muito lindo.

A História de Nitiren Daishonin



Nitiren Daishonin nasceu em 16 de fevereiro de 1222, na vila de Kominato, Província de Awa, na atual Província de Tiba. Ao contrário de Sakyamuni, que foi filho de rei, os pais de Nitiren Daishonin eram pescadores. Naquela época, os pescadores e caçadores eram desprezados porque sua sobrevivência envolvia tirar a vida. As circunstâncias de seu nascimento são muito significativas, pois indicam o princípio budista da igualdade máxima de todas as pessoas, independentemente de sua posição social ou de outros critérios superficiais.
Ele recebeu o nome de Zenniti-maro e viveu na vila de pescadores até 1233, quando, aos doze anos1, deixou o lar para estudar o budismo e outros ensinos seculares em um templo próximo de onde morava, chamado Seityo2.
Em seus estudos, percebeu várias contradições entre os ensinos budistas; também determinou encontrar uma resposta para os problemas da transitoriedade da vida humana, com a qual estava profundamente preocupado. Nessa época, orava diante de uma estátua do Bodhisattva Kokuzo (Repositório do Espaço) consagrada no templo Seityo para se tornar o homem mais sábio do Japão. Graças a essas orações, obteve uma “jóia da sabedoria” que posteriormente possibilitou-lhe compreender a essência de todos os sutras. Após muito estudo e contemplação, compreendeu a natureza da realidade máxima da vida e do Universo. Considerando seu despertar como ponto de partida, determinou prosseguir nos estudos para apresentar suas idéias de forma sistemática.
Em 1237, tornou-se sacerdote budista e adotou o nome Zesho-bo Rentyo. Em 1242, após ter passado alguns anos em Kamakura — o centro do governo japonês na época — para dar prosseguimento aos seus estudos, retornou para o templo Seityo. Sentindo uma urgente necessidade de continuar os estudos, no mesmo ano partiu para Quioto e Nara, os dois centros do budismo tradicional no Japão. Permaneceu ali até 1253, quando sentiu ter descoberto o que buscava havia tanto tempo: provas documentais irrefutáveis de que as doutrinas de várias seitas não se baseiam de fato nos ensinos do fundador do budismo e que os verdadeiros ensinos do budismo são encontrados apenas no Sutra de Lótus.
Retornando ao templo Seityo, convicto de que havia chegado a época de revelar suas descobertas aos outros, Nitiren recitou o Nam–myoho-rengue-kyo pela primeira vez na manhã de 28 de abril de 1253 — apresentando dessa forma a toda a humanidade, a todas as gerações vindouras, o caminho direto para a iluminação. Ele declarou então que nenhum dos ensinos pré-Sutra de Lótus revelavam a iluminação do Buda e que todas as seitas budistas que se baseavam nesses ensinos eram desencaminhadoras. Adotou também o nome Nitiren.
Niti, de Nitiren, significa o sol ou a luz lançada pela sabedoria de Nitiren Daishonin a todo o mundo para eliminar a obscuridão que aflige a humanidade. Ren significa lótus e indica que Nitiren Daishonin apareceu no mundo corrupto e dominado pela discórdia para fazer com que as belas e puras flores da sabedoria e da cultura desabrochassem no coração perturbado de todas as pessoas. Ren também significa a lei de causa e efeito que atua nas profundezas da vida. E faz parte do título do Sutra de Lótus, Myoho-rengue-kyo.
Tendo fundado os verdadeiros ensinos do budismo e iniciado sua propagação, Daishonin encontrou as mais duras perseguições, tanto das seitas budistas populares daquela época como das autoridades governamentais, que protegiam essas seitas e confiavam em suas orações para que findassem os contínuos desastres naturais que ocorriam naquele período.
Nitiren Daishonin passou mais de duas décadas ensinando às pessoas sobre o budismo e advertindo o governo — para que os líderes levassem a paz à nação aceitando os verdadeiros ensinos do budismo. Durante esse período, ele sobreviveu a dois exílios, uma tentativa de execução, uma emboscada e numerosas tentativas de colocarem-no em descrédito. Por fim, em 12 de maio de 1274, Nitiren Daishonin deixou Kamakura e partiu para um local remoto no Monte Minobu onde deu continuidade ao estágio final de suas atividades.
Nesse local, Nitiren Daishonin inscreveu em 1279 o Daiohonzon — o objeto de devoção para toda a humanidade. Já nessa época, havia discípulos e seguidores desejando arriscar a vida para abraçarem e propagarem o Nam-myoho-rengue-kyo. Ele estava convicto de que aqueles crentes decididos protegeriam seu ensino para toda a posteridade.
Três anos depois, na manhã do dia 13 de outubro de 1282, Nitiren Daishonin faleceu pacificamente na residência de um seguidor onde hoje se localiza a cidade de Tóquio.
Podemos definir seu papel na corrente do pensamento e da história budista da seguinte forma: Nitiren Daishonin foi o Buda que despertou para a verdade suprema da vida desde o infinito passado; isso aconteceu em um passado incalculavelmente distante antes de o Buda Sakyamuni ter atingido sua iluminação no passado longínquo chamado Gohyaku-Jintengo. Nitiren Daishonin definiu essa verdade como Nam-myoho-rengue-kyo e incorporou-a no Gohonzon.
O Sutra de Lótus prediz que quando chegassem os Últimos Dias da Lei, os Bodhisattvas da Terra apareceriam para levar a salvação a toda a humanidade. Jogyo, o líder desses bodhisattvas, é Nitiren Daishonin.
Por ter atingido a iluminação por si só — com sua própria compreensão — e por ter revelado a verdade fundamental da vida, Nitiren Daishonin é chamado de Buda original. E pelo fato de ter manifestado a benevolência própria a um bodhisattva ao propagar o ensino máximo do budismo na sociedade, levando as pessoas à iluminação, ele é identificado como Bodhisattva Jogyo.
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Marcos Vinicius Mendes Bastos

Qual é o ritmo do Daimoku?

Anne Almeida Qual é o ritmo do Daimoku, do mantra do Sutra de Lótus?

O universo avança sem cessar num ritmo constante, bonito. Não há espaço para lerdeza: o dia tem de amanhecer, a chuva tem de molhar, a vida tem de viver — é tudo ritmado. É por isso que o budismo compara a velocidade da recitação ao ritmo de um vistoso cavalo de raça galopando numa ampla planície.

O som da coragem; a música da vitória. A sinfonia da esperança. Recitar Nam-myoho-rengue-kyo é reger o próprio destino; é ativar em você a orquestra da felicidade absoluta.

O presidente Ikeda afirma com todas as letras: “O poder do Nam-myoho-rengue-kyo é grandioso. É um poder incrivelmente ilimitado” (A Grande Correnteza para a Paz, p. 324).
Portanto, quem recita Nam-myoho-rengue-kyo é a mais poderosa das pessoas; a mais humana.

A recitação do Gongyo e do Daimoku é a prática que evidencia em você o mundo do buda.— O som da voz que invoca a Lei Mística desperta a natureza de buda de todo o universo. O Gongyo é uma solene cerimônia na qual sintonizamos nossa vida — microcosmo — ao ritmo fundamental do grande universo — macrocosmo.— Portanto, vamos realizar Gongyo e Daimoku com muito vigor, tal como o ritmo do galopar de corcéis brancos sobre um vasto campo verdejante.

Com forte e vigorosa determinação que ressoa pelo planeta todo, vamos convocar e movimentar todas as funções e divindades celestiais protetoras” (“Kyo mo kofu e”, parte 30, Seikyo Shimbun