sexta-feira, 7 de novembro de 2014

As três espécies de Tesouro

" O tesouro do corpo é mais valioso do que aquele guardado no cofre; e o tesouro acumulado no coração é mais valioso do que o tesouro do corpo.Portanto,dedique-se em acumular o Tesouro do coração."
(As três espécies de Tesouro)

domingo, 12 de outubro de 2014

Inscrição do Dai-Gohonzon

12 Outubro - Inscrição do Dai-Gohonzon
(...)Para os devotos do Sutra de Lótus é o ponto central da vida. Saber o que está escrito nele não é condição essencial para se obter benefícios. O importante é a fé pura e resoluta. Esse tipo de fé faz com que os efeitos surjam imediatamente, pois o Gohonzon é o objeto que representa a Lei contida na essência de todas as leis da natureza. Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon com sinceridade dá acesso livre e rápido à fonte inesgotável de benefícios.
“O Gohonzon é a cristalização da promessa de Nitiren de possibilitar às pessoas atingirem a iluminação”.
“Eu, Nitiren, inscrevi minha vida em sumi, assim, creia no Gohonzon com todo o seu coração”.

Budismo de Nitiren

Budismo de Nitiren
Nitiren Daishonin* nasceu em 16 de fevereiro de 1222, numa família de pescadores na província de Awa (atual província de Tiba), no Japão. Em 1233, entrou para o sacerdócio no Templo Seityo e começou a estudar o Budismo.
Na infância, recebeu o nome de Zennitimaro, mas após entrar para o sacerdócio, conforme a tradição da época, mudou o nome para Yakuo Maro e depois para Rentyo.
De 1238 a 1242, ele viveu em Kamakura, então centro do governo japonês, a fim de aprofundar os estudos religiosos. Após retomar ao templo Seityo, foi para Quioto e Nara, centros de estudo do Budismo.
Em Quioto, pesquisou exaustivamente todos os Sutras de Sakyamuni e concluiu que o Sutra de Lótus era o supremo ensino.
Daí-Gohonzon
Após dez anos de estudos, Rentyo então com 32 anos de idade, retornou para o templo de Sentyo e, em 28 de abril de 1253 , recitou pela primeira vez o Nam-Myoho-Rengue-Kyo** expondo seu ensino e adotando o nome Nitiren (Niti significa “Sol” e Ren significa “Lótus”).
Vinte e seis anos depois de ter recitado Nam-Myoho-Rengue-Kyo e ter enfrentado severas instigadas pelas seitas tradicionais, Nitiren Daishonin percebe que a época para o comprimento de seu advento neste mundo havia chegado.
Os discípulos estavam plenamente conscientes da sua superioridade de se ensino e já haviam desenvolvido uma firme fé. Daishonin materializou o propósito de seu advento com a inscrição do Daí-Gohozon, o supremo objeto de devoção, em 12 de Outubro de 1279. Dessa forma, estabeleceu o que foi chamado de posteriormente Verdadeiro Budismo, pois somente seus ensinamentos possibilitavam às pessoas transformar radicalmente a vida. Esse é um dos motivos de Nitiren Daishonin ser chamado de Buda Original.
Daishonin faleceu em 13 de Outubro de 1282, aos 60 anos , após transferir todos os seus ensinos para o discípulo imediato Nikko Shonin.
*Daishonin: Título Concedido a Nitiren por seus discípulos que significa “Grande Sábio”. Daí quer dizer “Grande” e Shonin “Sábio”.
**O Nan Myoho Rengue Kyo também é conhecido por Daimoku. Portanto quando se diz “recitar Daimoku”, significa recitar o Nam Myoho Rengue Kyo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Tradução do Sutra de Lótus.Budismo de Nitiren Daishonin.

Budismo de Nitiren Daishonin
TRADUÇÃO DO SUTRA DE LOTUS!
que recitamos pela manhã e a noite
Gongyo - recitação dos trechos do Sutra de lótus abaixo. ( pratica complementar ).
Daimoku - recitação do nam-myoho-rengue-kyo ( pratica principal )

Trechos do 2º Capítulo Hoben (Meios)
Trechos do 16º Capítulo Juryo - (revelação da vida eterna do buda)

Myô - hô- ren guê kyô — Sutra de Lótus
Ho ben pon. Dai ni — Capítulo Hoben (Meios)
Ni Ji Se Son — Nesse momento
Ju San Mai — o Buda levantou-se
An Jo Ni Ki — serenamente de sua meditação
Go Shari Hotsu — e dirigiu-se a Sharihotsu, dizendo:
Sho Bu' ti ê. — A sabedoria dos budas.
Jin Jin Mu - lhô — é infinitamente profunda e imensurável.
Go ti e Mon — O portal dessa sabedoria é difícil de compreender
Nan gue Nan Nhu — e de transpor.
I Sai Sho Mon — Nenhum dos homens de erudição
Hyaku Shi Butsu — ou de absorção
Sho Fu No ti — é capaz de compreendê-la.
Sho I Sha Ga — Qual é a razão disso?
Butsu Zo Shin Gon —Um buda é aquele que serviu a centenas
Hyaku Sen Man Noku — a milhares, a dezenas de milhares,
Mu Shu Sho Butsu — a incontáveis budas
Jin Gyo Sho Butsu — e executou um número incalculável de práticas religiosas.
Mu lho Do Ho — Ele empenha-se corajosa e ininterruptamente
Yu Myo Sho Jin — e seu nome é universalmente conhecido.
Myo Sho Fu Mon — Um Buda é aquele que compreendeu a Lei insondável
Jo Ju Jin Jin — e nunca antes revelada
Mi Zo U Ho — pregando-a de acordo
Zui Gi Sho Setsu — com a capacidade das pessoas,
I Shu Nan Ge — ainda que seja difícil compreender a sua intenção.
Shari Hotsu — Sharihotsu
Go Ju Jo Butsu I Rai — desde que atingi a iluminação
Shu Ju In Nen — tenho exposto meus ensinos
Shu Ju Hi Yu — utilizando várias histórias sobre relações causais,
Ko En Gon Kyo — parábolas e inúmeros meios
Mu Shu Ho Ben — para conduzir as pessoas
In Do Shu Jo — e fazer com que renunciem
Lho Ri Sho Jaku — aos seus apegos a desejos mundanos.
Sho I Sha Ga — Qual a razão disso?
Nho Rai Ho Ben —A razão está no fato de o Buda
Ti Ken Hara Mitsu — ser plenamente dotado dos meios
Kai I Gu Soku — e do paramita da sabedoria.
Shari Hotsu — Sharihotsu
Nho Rai Ti Ken — a sabedoria do Buda
Ko Dai Jin Non — é ampla e profunda.
Mu Lho Mu Gue — Ele é dotado de imensurável benevolência
Riki Mu Sho I — ilimitada eloqüência,
Zen Jo Gue Da — poder,
San Mai — coragem,
Jin Nhu Mu Sai — concentração,
Jo Ju I Sai — liberdade e samadhis (meditação), aprofundou-se
Mi Zo U Ho — no reino do insondável e despertou para a Lei nunca antes revelada.
Shari Hotsu — Sharihotsu
Nho Rai No — o Buda é aquele
Shu Ju Fun Betsu — e que sabe como discernir
Gyo Se Sho Ho — e como expor os ensinos habilmente.
Gon Ji Nhu Nan — Suas palavras são ternas e gentis
E Ka Shu Shin — e podem alegrar o coração das pessoas.
Shari Hotsu — Sharihotsu,
Shu Yo Gon Shi — em síntese, o Buda compreendeu
Mu lho Mu Hen — perfeitamente a Lei ilimitada,
Mi Zo U Ho — infinita e nunca antes revelada.
Bu Shitsu Jo Ju — Chega
Shi Shari Hotsu — Não vou mais continuar pregando Sharihotsu
Fu Shu Bu Se — Por quê? Porque a Lei
Sho I Sha Ga — que o Buda revelou
Bu Sho Jo Ju — é a mais rara
Dai Iti Ke U — e a mais difícil
Nan Gue Shi Ho —de compreender.
Yui Butsu Yo Butsu — A essência real de todos os fenômenos
Nai No Ku Jin — somente pode ser compreendida e partilhada entre os budas
Sho Ho Ji So — Essa realidade
Sho I Sho Ho — consiste de:
Nho Ze So — aparência,
Nho Ze Sho — natureza,
Nho Ze Tai — entidade,
Nho Ze Riki — poder,
Nho Ze Sa — influência,
Nho Ze In — causa interna,
Nho Ze En — relação
Nho Ze Ka — efeito latente,
Nho Ze Ho — efeito manifesto
Nho Ze Hon Ma' Ku Kyo To — e consistência do início ao fim.

Trechos do 16º Capítulo Juryo - (revelação da vida eterna do buda)

Myo ho ren gue kyo — Sutra de Lótus
Nho rai ju lho hon, dai ju roku — Jigague, trecho do capítulo Juryo - revelação da vida eterna do buda
Ji ga toku bu'rai — Desde que atingi o estado de Buda,
Sho kyo sho ko shu — infindáveis asamkhya
Mu lho hyaku sen man — intermináveis Kalpas
Oku sai a so gui — transcorreram.
Jo se po kyo ke — Constantemente
Mu shu oku shu jo — venho pregando, ensinando e propagando
Lho nhu o butsu do — a Lei a milhares de seres vivos.
Ni rai mu lho ko — Fazendo com que entrem no Caminho do Buda,
I do shu jo ko — Como um meio hábil
Ho ben guen ne han — aparento entrar no nirvana para salvar todas as pessoas.
Ni jitsu fu metsu do — Mas, na realidade, não entro em extinção.
Jo ju shi se po — Sempre estou aqui ensinando a Lei.
Ga jo ju o shi — Sempre estou aqui.
I sho jin zu riki — Porém, devido ao meu poder místico
Lho ten do shu jo — as pessoas de mentes distorcidas não conseguem me ver
Sui gon ni fu ken — mesmo quando estou bem perto delas.
Shu ken ga metsu do — Quando essa multidão de seres vê que entrei no nirvana,
Ko ku yo sha ri — consagra muitas oferendas às minhas relíquias.
Guen kai e ren bo — Todos abrigam o desejo único e ardente de contemplar-me.
Ni sho katsu go shin — Quando esses seres realmente se tornam fiéis,
Shu jo ki shin buku — honestos, justos e de propósitos pacíficos,
Shiti jiki I nhu nan — quando ver o Buda é o seu único pensamento,
I shin yo ken butsu — não hesitando mesmo que isso custe a própria vida,
Fu ji shaku shin myo — então, eu apareço junto à assembléia de discípulos sobre o Sagrado Pico da Águia.
Ji ga gyu shu so — Nesse momento,
Ku shutsu lho ju sen — digo à multidão de seres:
Ga ji go shu jo — sempre estou aqui,
Jo zai shi fu metsu —jamais entro em extinção..
I ho ben ri ko — No entanto, como um meio hábil,
Gen u metsu fu metsu — algumas vezes aparento entrar no nirvana.
Yo koku u shu jo — E outras vezes, não.
Ku gyo shin gyo sha — Quando em outras terras há seres
Ga bu o hi tyu — que desejam respeitosa e sinceramente crer
I setsu mu jo ho — então eu também, junto a eles, pregarei esta Lei insuperável.
Nho to fu mon shi — Porém, não compreendendo minhas palavras,
Tan ni ga metsu do — todos aqui insistem em pensar que eu morri.
Ga ken sho shu jo — Quando vejo os seres afogados
Motsu zai o ku kai — em um mar de sofrimentos
Ko fu I guen shin — eu não me exponho,
Lho go sho katsu go — para dessa forma fazer com que anseiem contemplar-me.
In go shin ren bo — Então, quando seu coração se enche de ansiedade,
Nai shitsu I se po — finalmente apareço e ensino a Lei para eles.
Jin zu riki nho ze — Assim são meus poderes místicos.
O a so gui ko — Por asamkhya de kalpas,
jo zai lho ju sen — sempre estive no Pico da Águia e em muitos outros lugares.
Gyu yo sho ju sho — Enquanto os seres presenciam
Shu jo ken ko jin — o final de um kalpa
Dai ka sho sho ji — e tudo é consumido em chamas
Ga shi do an non — esta minha terra
Ten nin jo ju man — permanece segura e tranqüila
On rin sho do kaku — sempre cheia de seres humanos e seres celestiais.
Shu ju ho sho gon — Vários tipos de gemas adornam
Ho ju ta ke ka — seus corredores e pavilhões, jardins e bosques
Shu ju sho yu raku — Árvores preciosas dão flores e frutos em profusão,
Sho ten gyaku ten ku — sob as quais os seres vivem felizes e tranqüilos.
Jo sas shu gi gaku — As divindades fazem repicam os tambores celestiais interpretando,
U man da ra ke — sem cessar, a música mais diversa. Uma chuva de flores de mandara cai
San butsu gyu dai shu — espalhando suas pétalas sobre o Buda e a grande assembléia.
Ga jo do fu ki — Minha terra pura é indestrutível,
Ni shu ken sho jin — porém, a multidão a vê
U fu sho ku no — consumir-se em chamas,
Nho ze shitsu ju man — mergulhada em sofrimentos, angústia e temor.
Ze sho zai shu jo — Esses seres devido a suas várias ofensas e causas
I aku go In nen — provenientes de suas más ações,
Ka a so gui ko — passam asamkhya de kalpas
Fu mon san bo myo — sem escutar o nome dos três tesouros.
Sho u shu ku doku — Mas os que praticam os caminhos meritórios,
Nhu wa shiti jiki sha — que são nobres e pacíficos, corretos e sinceros,
So kai ken ga shin — todos me vêem aqui em pessoa,
Zai shi ni se po —ensinando a Lei.
Waku ji I shi shu — Às vezes para essa multidão exponho
Setsu butsu ju mu lho — que a duração da vida do Buda é imensurável;
Ku nai ken bu sha — e para aqueles que o vêem somente após um longo tempo
I setsu butsu nan ti — exponho o quanto é difícil encontrar-se com ele.
Ga ti riki nho ze — O poder de minha sabedoria é tamanho
E ko sho mu lho — que seus raios iluminam o infinito.
Ju myo mu shu ko — Minha vida, extensa como incontáveis kalpas,
Ku shu go sho toku — é resultante de uma prática muito longa.
Nho to u ti sha — Homens de sabedoria,
Mo to shi sho gui — não abriguem nenhuma dúvida sobre isso!
To dan lho yo jin — Livrem-se das dúvidas definitivamente,
Butsu go ji pu ko — pois as palavras do Buda são sempre verdadeiras.
Nho I zen ho ben — O Buda é como um excelente médico
I ji o shi ko — que se vale de meios hábeis
Jitsu zai ni gon shi — para curar seus filhos iludidos.
Mu no se ko mo — Embora na realidade esteja vivo, anuncia que entrou no nirvana.
Ga yaku I se bu — Porém, ninguém pode acusá-lo de mentiroso.
Ku sho ku guen sha — Eu sou o pai deste mundo e salvo aqueles que sofrem e os que encontram aflitos.
I bon bu ten do — Devido à ilusão das pessoas,
Jitsu zai ni gon metsu — apesar de eu estar vivo, anuncio que entrei no nirvana.
I jo ken ga ko — Pois se me vissem constantemente,
Ni sho kyo shi shin — a arrogância e o egoísmo tomariam conta de seu coração.
Ho itsu jaku go yaku — Ignorando as restrições, entregariam–se aos cinco desejos,
Da o aku do tyu — e cairiam nos maus caminhos da existência.
Ga jo ti shu jo — Estou sempre ciente de que são as pessoas
Gyo do fu gyo do — que praticam o Caminho e as que não o praticam,
Zui o sho ka do — em resposta às suas necessidades de salvação
I se shu ju ho — ensino-lhes várias doutrinas.
Mai ji sa ze nen — Medito constantemente:
I ga lho shu jo — Como posso conduzir as pessoas
Toku nhu mu jo do — ao caminho supremo
Soku jo ju bu shin — e fazer com que adquiram rapidamente o corpo de um buda?

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Foto de Giambattista Cannilla.
Foto de Giambattista Cannilla.
Foto de Giambattista Cannilla.
Foto de Giambattista Cannilla.
Foto de Giambattista Cannilla.
Giambattista Cannilla adicionou 5 novas fotos.
SERENA NOTTE... GOOD NIGHT...

domingo, 24 de agosto de 2014

Anne Almeida De Souza um dirigente de uma cidade aqui perto conheceu uma budista da nossa cidade e se apaixonou - a moça tinha uns 4 anos de prática e ele uns 15 anos.
A familia dela é muito católica e faziam questão do casamento na igreja, acho que ela tb queria entrar de noiva num templo religioso - aqui a gente não tem um kaikan e nem centro cultural ainda.
Ela casou na igreja e depois casou no budismo no salão do SESC - a familia super católica em retribuição foi na cerimônia budista e gostaram muito.
Acho que foi o primeiro contato de muitos deles com o budismo - foi tudo muito lindo.

A História de Nitiren Daishonin



Nitiren Daishonin nasceu em 16 de fevereiro de 1222, na vila de Kominato, Província de Awa, na atual Província de Tiba. Ao contrário de Sakyamuni, que foi filho de rei, os pais de Nitiren Daishonin eram pescadores. Naquela época, os pescadores e caçadores eram desprezados porque sua sobrevivência envolvia tirar a vida. As circunstâncias de seu nascimento são muito significativas, pois indicam o princípio budista da igualdade máxima de todas as pessoas, independentemente de sua posição social ou de outros critérios superficiais.
Ele recebeu o nome de Zenniti-maro e viveu na vila de pescadores até 1233, quando, aos doze anos1, deixou o lar para estudar o budismo e outros ensinos seculares em um templo próximo de onde morava, chamado Seityo2.
Em seus estudos, percebeu várias contradições entre os ensinos budistas; também determinou encontrar uma resposta para os problemas da transitoriedade da vida humana, com a qual estava profundamente preocupado. Nessa época, orava diante de uma estátua do Bodhisattva Kokuzo (Repositório do Espaço) consagrada no templo Seityo para se tornar o homem mais sábio do Japão. Graças a essas orações, obteve uma “jóia da sabedoria” que posteriormente possibilitou-lhe compreender a essência de todos os sutras. Após muito estudo e contemplação, compreendeu a natureza da realidade máxima da vida e do Universo. Considerando seu despertar como ponto de partida, determinou prosseguir nos estudos para apresentar suas idéias de forma sistemática.
Em 1237, tornou-se sacerdote budista e adotou o nome Zesho-bo Rentyo. Em 1242, após ter passado alguns anos em Kamakura — o centro do governo japonês na época — para dar prosseguimento aos seus estudos, retornou para o templo Seityo. Sentindo uma urgente necessidade de continuar os estudos, no mesmo ano partiu para Quioto e Nara, os dois centros do budismo tradicional no Japão. Permaneceu ali até 1253, quando sentiu ter descoberto o que buscava havia tanto tempo: provas documentais irrefutáveis de que as doutrinas de várias seitas não se baseiam de fato nos ensinos do fundador do budismo e que os verdadeiros ensinos do budismo são encontrados apenas no Sutra de Lótus.
Retornando ao templo Seityo, convicto de que havia chegado a época de revelar suas descobertas aos outros, Nitiren recitou o Nam–myoho-rengue-kyo pela primeira vez na manhã de 28 de abril de 1253 — apresentando dessa forma a toda a humanidade, a todas as gerações vindouras, o caminho direto para a iluminação. Ele declarou então que nenhum dos ensinos pré-Sutra de Lótus revelavam a iluminação do Buda e que todas as seitas budistas que se baseavam nesses ensinos eram desencaminhadoras. Adotou também o nome Nitiren.
Niti, de Nitiren, significa o sol ou a luz lançada pela sabedoria de Nitiren Daishonin a todo o mundo para eliminar a obscuridão que aflige a humanidade. Ren significa lótus e indica que Nitiren Daishonin apareceu no mundo corrupto e dominado pela discórdia para fazer com que as belas e puras flores da sabedoria e da cultura desabrochassem no coração perturbado de todas as pessoas. Ren também significa a lei de causa e efeito que atua nas profundezas da vida. E faz parte do título do Sutra de Lótus, Myoho-rengue-kyo.
Tendo fundado os verdadeiros ensinos do budismo e iniciado sua propagação, Daishonin encontrou as mais duras perseguições, tanto das seitas budistas populares daquela época como das autoridades governamentais, que protegiam essas seitas e confiavam em suas orações para que findassem os contínuos desastres naturais que ocorriam naquele período.
Nitiren Daishonin passou mais de duas décadas ensinando às pessoas sobre o budismo e advertindo o governo — para que os líderes levassem a paz à nação aceitando os verdadeiros ensinos do budismo. Durante esse período, ele sobreviveu a dois exílios, uma tentativa de execução, uma emboscada e numerosas tentativas de colocarem-no em descrédito. Por fim, em 12 de maio de 1274, Nitiren Daishonin deixou Kamakura e partiu para um local remoto no Monte Minobu onde deu continuidade ao estágio final de suas atividades.
Nesse local, Nitiren Daishonin inscreveu em 1279 o Daiohonzon — o objeto de devoção para toda a humanidade. Já nessa época, havia discípulos e seguidores desejando arriscar a vida para abraçarem e propagarem o Nam-myoho-rengue-kyo. Ele estava convicto de que aqueles crentes decididos protegeriam seu ensino para toda a posteridade.
Três anos depois, na manhã do dia 13 de outubro de 1282, Nitiren Daishonin faleceu pacificamente na residência de um seguidor onde hoje se localiza a cidade de Tóquio.
Podemos definir seu papel na corrente do pensamento e da história budista da seguinte forma: Nitiren Daishonin foi o Buda que despertou para a verdade suprema da vida desde o infinito passado; isso aconteceu em um passado incalculavelmente distante antes de o Buda Sakyamuni ter atingido sua iluminação no passado longínquo chamado Gohyaku-Jintengo. Nitiren Daishonin definiu essa verdade como Nam-myoho-rengue-kyo e incorporou-a no Gohonzon.
O Sutra de Lótus prediz que quando chegassem os Últimos Dias da Lei, os Bodhisattvas da Terra apareceriam para levar a salvação a toda a humanidade. Jogyo, o líder desses bodhisattvas, é Nitiren Daishonin.
Por ter atingido a iluminação por si só — com sua própria compreensão — e por ter revelado a verdade fundamental da vida, Nitiren Daishonin é chamado de Buda original. E pelo fato de ter manifestado a benevolência própria a um bodhisattva ao propagar o ensino máximo do budismo na sociedade, levando as pessoas à iluminação, ele é identificado como Bodhisattva Jogyo.
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Marcos Vinicius Mendes Bastos

Qual é o ritmo do Daimoku?

Anne Almeida Qual é o ritmo do Daimoku, do mantra do Sutra de Lótus?

O universo avança sem cessar num ritmo constante, bonito. Não há espaço para lerdeza: o dia tem de amanhecer, a chuva tem de molhar, a vida tem de viver — é tudo ritmado. É por isso que o budismo compara a velocidade da recitação ao ritmo de um vistoso cavalo de raça galopando numa ampla planície.

O som da coragem; a música da vitória. A sinfonia da esperança. Recitar Nam-myoho-rengue-kyo é reger o próprio destino; é ativar em você a orquestra da felicidade absoluta.

O presidente Ikeda afirma com todas as letras: “O poder do Nam-myoho-rengue-kyo é grandioso. É um poder incrivelmente ilimitado” (A Grande Correnteza para a Paz, p. 324).
Portanto, quem recita Nam-myoho-rengue-kyo é a mais poderosa das pessoas; a mais humana.

A recitação do Gongyo e do Daimoku é a prática que evidencia em você o mundo do buda.— O som da voz que invoca a Lei Mística desperta a natureza de buda de todo o universo. O Gongyo é uma solene cerimônia na qual sintonizamos nossa vida — microcosmo — ao ritmo fundamental do grande universo — macrocosmo.— Portanto, vamos realizar Gongyo e Daimoku com muito vigor, tal como o ritmo do galopar de corcéis brancos sobre um vasto campo verdejante.

Com forte e vigorosa determinação que ressoa pelo planeta todo, vamos convocar e movimentar todas as funções e divindades celestiais protetoras” (“Kyo mo kofu e”, parte 30, Seikyo Shimbun